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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A ARTE DE SUMIR

     Ser um “Morais” é alguma coisa que só quem é entende, aceita e se diverte sempre, mesmo que as mesmas histórias se repitam ao longo de anos e anos. Os demais que não são “Morais”, muitas vezes não entendem o porquê de muitas das coisas e situações, mas, tenho certeza, se deliciam tanto quanto nós com os inúmeros “causos” de nossa família.

     Uma série dos episódios mais famosos trata do “sumiço” de personagens muito conhecidos nossos. Vou tentar ser mais fiel possível aos fatos... Se bem que uma dramatizada vai muito bem com a nossa cara. E como sou uma “Morais” da gema, eu posso.

     Devia ser o ano de 1962 ou 1963. Meu pai e minha mãe estavam casadinhos de novo e moravam em um delicioso barracão na Gameleira. Devia ser uma tarde de sábado bem calma quando chegam ao portão Dona Pilar, Nicinha e Nezita (tenho quase certeza...). Pelas caras das três meu pai falou com minha mãe:

- Zezé, acho que morreu alguém...

Minha mãe aflita foi ter com as três e voltou apavorada para meu pai:

- Marco Aurélio sumiu!!!!

Todas ficaram desesperadas. Meu pai, mais centrado, mais calmo (porque ele, obviamente não é Morais e Morais nestas horas é dramático!), tenta ponderar:

- Que isso Dona Pilar! Marco Aurélio está por aí, deve ter brigado com a namorada, deve estar no sítio.

Minha avó já chorando....

- Impossível!!!! Desde ontem à noite que ele não aparece; no sítio ele não está porque senão ele tinha me avisado... Aconteceu alguma coisa... Ai meu Deus!!!

E, foi aquele chororô das quatro. Meu pai,muito cabreiro, ficou calado.

     Decidiram então que logo iriam para o Calafate na casa mãe. Quando meu pai e minha mãe subiram a rua da praça e avistaram a casa, bom, a casa estava apinhada de gente saindo e entrando, uma balbúrdia digna de catástrofes. Meu pai jura que ficou com muita vergonha por ter que participar desta cena, mas casado de novo não podia argumentar muito. Resolveram juntar forças tarefas, todos procurando Marco Aurélio em tudo o que é lugar. E pro mais que procurassem Marco Aurélio não aparecia. No sítio não precisava ir, pois vovó tinha certeza de que ele não estava lá. Até na Medicina Legal foram... E nada de achar Marco Aurélio. Depois de muito choro, muito desespero, muito blá, blá, blá meu pai deu a idéia de irem ao sítio só para desencargo de consciência. Resolveram ir, pois não tinham mais nada a perder. Ao chegarem ao sítio avistaram um rapaz com uma garrafa da “marvada” na mão totalmente embriagado olhando abestalhado para eles e...

- Rê...rê, rê, rê, rê, rê..... Briguei com a Ivone...

     Tudo resolvido, Marco Aurélio, o “bendit-é-u-fruto” de cinco filhas estava de volta para casa são e salvo.

     Os anos se passaram e aí já devia ser 1979 ou 1980. Estávamos morando no Alípio de Melo quando o telefone toca de madrugada. Como não tínhamos extensão o telefone ficava na copa. Minha mãe na mesma hora cutuca meu pai.

- Vai lá atender Blair, deve ter morrido alguém; telefone tocando nesta hora só pode ser isso.

Meu pai vai atender ao telefone e escuta minha avó. Pacientemente vira para minha mãe (que a esta altura já estava ao seu lado) depois de escutar a primeira fala de minha avó e diz:

- M a r c o  A u r é l i o  sumiu de novo!

A explicação de minha avó era que Tio Marco e Tia Nina tinham deixado o Marquinhos com o Sr. Paulo (pai da tia Nina) de tarde e não tinham voltado até aquela hora. Meu pai pacientemente tentou argumentar:

- Que isso D. Pilar, Marco Aurélio deve ter ido à um motel com a Nina!

Ao que minha avó na mesma hora retrucou:

- Marco Aurélio não faz estas coisas! Aconteceu alguma coisa com os dois.

Bom, não precisa nem dizer que ninguém mais dormiu lá em casa. De 30 em 30 min. era telefonema de cá para lá, de lá para cá:

- Apareceu? Tem alguma notícia?

- Não! Nada ainda!

     E o Marquinhos, muito novinho ainda, devia estar aos prantos, pois me lembro bem que ele não gostava de ficar com ninguém.

     Amanheceu o dia e nada do Tio Marco Aurélio aparecer... Acho que foi lá pelas 10h da manhã que chegaram; ele e tia Nina com um sorriso no rosto e transbordando felicidade.

- Mas o que aconteceu com vocês? Onde vocês estavam?

- Uai a gente tava no motel.

     Meu avô era daqueles caras que achava que homem ser machista era pouco. Na hora não falou nada porque não conseguia, mas no dia seguinte chamou o Tio Marco Aurélio para uma conversa séria no escritório. Reza a lenda que o aconselhou muito falando que motel era para as outras não para levar a esposa.

     Que eu me lembre Tio Marco Aurélio parou com essas coisas de sumir; pelo menos eu nunca mais tive notícia de mais um episódio seu.

     Já Tia Regina vira e mexe apronta das suas. Parece que estes genes de sumiço foram para os dois últimos irmãos.

     Tudo começou com o namoro proibido com Tio Carlos. Meu avô não queria de jeito nenhum e uma bela tarde de um dia de semana qualquer Tia Regina foi vista andando a esmo pela Av. Augusto de Lima. Pelo jeito que ela estava parecia que ia fugir de casa. Tio William, que não é Morais, foi quem viu. Segundo ele, ela estava toda descabelada, mas temos que dar aí um desconto, pois Tio William também é muito exagerado. Ela jura que não, mas... O certo é que o casório aconteceu, não sei se por causa deste sumiço, mas que deve ter contribuído lá isso deve.


     De lá para cá, Tia Regina deve ter dado esses sumiços umas 10 vezes ou mais. É só ter uma briguinha com o Tio Carlos que ela some. No início todos ficavam muito preocupados mas agora achamos meio normal. Quase fazemos aposta para descobrir em qual casa ela está escondida e quanto tempo vai durar o sumiço. Agora mesmo enquanto escrevo estas linhas Tia Regina está em um de seus sumiços. Eu já descobri em qual casa ela está, mas não conto para ninguém. Na minha opinião esta é uma forma dela apimentar a relação. E olha que dá certo. Pois sempre eles voltam e ficam muito felizes até todos se perguntarem novamente: Onde será que a Regina se meteu desta vez?



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBBOTÁRIOS


     Se tem uma coisa que eu me recuso a assistir é este programa de otários da Globo. E o pior é que são otários todos nós. Todos que aceitam participar de um programa assim, os repórteres chatos, o apresentador que alem de otário é bobo porque é um cara sensível, estudado e se permite fazer uma coisa dessas, os que assistem e pessoas como eu que não queremos assistir e somos obrigados porque em toda propaganda tem chamadas e mais chamadas, então sou tratada como otária pela Globo.

   Ontem, por acaso, assistindo à televisão vi que as duas primeiras escolhidas para o “paredão” eram uma mineira gordinha e uma baiana pobre. Só podia ser né? Porque nenhuma das duas se encaixa nos padrões das estrelas globais. Fiquei pensando que a Globo quis se mostrar boazinha escolhendo estas duas e na primeira oportunidade as colocou em cheque. Vocês acreditam mesmo em votação? O pior de tudo ainda foi escutar as opiniões das pessoas populares do Rio (né?), todas escolhendo uma ou outra porque não se encaixavam. Ai, ai, até quando vamos ter que aturar esta ditadura imposta pela TV, principalmente pela Globo onde um corpo vale mais que uma mente? Será que a “toda poderosa” acha mesmo que nós somos todos tão otários assim? Podia dizer aqui que é bem feito para as duas por quererem entrar em um programa desta estirpe. Mas eu fico com pena porque serão ridicularizadas em todo o Brasil e neste processo todo, milhares de pessoas vão sendo conduzidas com cabresto e batendo palmas a tudo isso.

     A Globo tem uma concessão pública e tem que merecer esta concessão. Não é possível que todas as noites ela ensine ao povo brasileiro que se você não for bonita, magra, ter uma condição de vida legal, não usar roupas certas, você está fora!!!! Isto é preconceito. Todos, todos, têm que ser iguais às pessoas mostradas em sua telinha. E ainda tem mais, fiquei sabendo que expulsaram um negro porque acham que ele estuprou uma donzela loura. Ora! Façam-me o favor! Depois de se mostrar em toda novela que o negócio é “dar” para qualquer um do jeito que for,  a Globo vem dar uma de rigorosa.O pior é que esta moça, que nem sei o nome e nem quero saber, vai fazer o maior sucesso como fez aquela golpista do vestido vermelho. Vai derramar lágrimas até por ter sido deflorada. E a imprensa, ahhhhhhh a imprensa ajuda e muito, pois dá toda cobertura a coisas assim.

Aonde vamos parar Brasil? Até quando Globo? Até quando povo?

sábado, 14 de janeiro de 2012

O MURO DA CASA DA VOVÓ






O MURO DA CASA DA VOVÓ

     Acho que a maioria das pessoas tem saudades de sua infância. Comigo também não é diferente. Ainda mais que a minha infância ocorreu na década de 70, onde tudo, tudo era diferente. Uma das coisas que me surpreende hoje, e eu me pego sempre pensando nisso, é que não havia essa profusão de lojas de roupas. Havia algumas butiques que eram para quem tinha muitoooooooo dinheiro. Mas, a meu ver, a maioria das pessoas era como a gente, meio “pobre”, se vocês me entendem. O negócio das roupas era comprar pano e fazer roupa em casa; mamãe costurava muito bem e nossas roupas eram criações dela. Ou então roupas que ganhávamos de uma tia rica; nossa, era uma festa quando ela mandava sacolas e sacolas de roupas, dava até briga. Não estou dizendo aqui que não tínhamos dinheiro para roupas, mas era um costume isso e não ficávamos nem um pouquinho com vergonha, muito pelo contrário, adorávamos. Ahhh, lembro-me agora do Sr. Ludovico que era um vendedor de roupas. Ele chegava com umas duas malas imensas e mamãe e as outras tias faziam a festa.

   Bom, mas voltando à nossa infância, dentre outras coisas, para mim, o que mais a traduz era o muro da casa da vovó. A casa da vovó em si era alguma coisa inexplicável de tão deliciosa. Morávamos todos juntos ali. Era uma casa grande, imensa, com um barracão atrás, um terreiro enorme, tão grande que cabia um palanque, que meu avô comprou não sei para quê, mas naquela época tínhamos certeza de que ele tinha comprado aquilo para brincarmos de casinha, apesar da sua intransigência com essa nossa prática. Tinha um caramanchão e árvores. Ah, as árvores... acredita que tinha um pé de Araçá (quem conhece Araçá?), um pé de Jurubeba (arrrgh), um pé de Pêssego que tinha uma gangorra onde eu ficava horas gangorrando e viajando, sem falar no pé de Caqui. Tinha tipo um jardim na frente, que teve uma época que tinha um suporte para barco, ideal para nossas brincadeiras, e um muro. Bem, um muro muito especial. Nada daqueles murinhos fininhos, bobinhos, fraquinhos... não! Era um murão. Todo cheio de buracos redondos e bem, bem largo. Do lado de dentro era só subir e sentar. Do lado de fora a gente punha o pé nos buracos e sentava. Parece que muro foi feito para isso, para a gente sentar. E como fazíamos isto. Ele era imenso! Tinha e tem até hoje outra casa na mesma praça, a casa da Irma, com um muro baixinho que deveria ser melhor de se sentar, mas o muro era cheio de fincos!!?? Parece que ela pôs os fincos justamente para ninguém assentar ali. Ainda assim, bem que tentávamos, pois éramos destemidos e corajosos mas era muito incômodo. Nem se comparava com o nosso muro, ele dava de 10 a 0 no muro da Irma.

     A nossa vida era só brincar e da infância à adolescência o muro fez parte de nossas vidas. Me lembro que a gente jantava lá pelas 7h e depois, rua. Ficávamos assentados no muro conversando, brincando até que alguém chamava e, exaustos, íamos dormir. Engraçado que pensei agora na televisão... Não é que não tinha, tinha sim, mas não assistíamos, preferíamos brincar e muito. Já tinha até as novelas, mas isso era coisa para adultos.

   Tantos nomes me vêm à cabeça agora, tantos colegas que a vida no seu curso fez questão de afastar. Tantos episódios, tantas brincadeiras, a delícia de crescer entre colegas, todos estudando no Bernardo Monteiro, porque escolas particulares era coisa para os muito ricos. Era uma época de uma inocência sem fim. Quem até hoje assiste ao Chaves pode ter uma idéia, mais ou menos, do que a gente vivia.

     Hoje temos mais conforto, mais informação, roupas mais bonitas (a gente usava batas curtinhas), um montão de lojas para comprar, as casas estão mais seguras, casas não, apartamentos né? Mas... eu, eu bem queria aquele muro novamente para eu me assentar, só  mais uma vez, só mais um pouquinho, só para sentir, recordar...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FÉRIAS


Quando chega janeiro, é impossível não pensar em praia, visto que a maioria de nós, mineiros, vai pegar uma onda em uma praia qualquer. Hoje, em tempos de “facebook” então, são inúmeras as fotos da galera na praia. Deve ser por isso que me deu um imenso saudosismo de algum tempo atrás, época de mil novecentos setenta e alguma coisa.

Família grande, de muitos tios, e principalmente muitos primos. Todos em uma faixa etária deliciosa de 7 a 10, 11, 12 anos. Tínhamos uma casa em uma praia do Espírito Santo que estava sendo descoberta, e meu avô, juntamente conosco, era o desbravador. Algumas pouquíssimas residências, um restaurante e uma praia, das mais bonitas que eu já vi, Castelhanos. A nossa casa... bem, a nossa casa era totalmente sem conforto, a mais feia de todas as poucas, mas a nós, meninos, nada disso importava. Éramos tantos que tínhamos que juntar as camas para dormirmos atravessados (só assim caberiam todos). O banheiro era somente um, graaande, mas só um. E como fazer na hora do banho? Sorte, resolveram os mais velhos e muito sábios. Então sorteavam, e o nº 1 tomava banho primeiro e assim sucessivamente. No dia seguinte a ordem invertia e quem era o último ficava muito alegre.

Os nossos dias na praia eram invariavelmente os mesmos: de manhã acordar cedo, tomar café (café com pão e margarina), praia até lá pelas 15h, literalmente torrando no sol (não tinha essa preocupação com a radiação ultravioleta). Íamos embora para casa e, enquanto a meninada tomava banho, os mais velhos faziam o almoço (simplíssimo). Depois disso, uma descansadinha e íamos explorar as matas, as praias virgens, as inúmeras trilhas. Medo de alguma coisa? Não!!! E à noite, o único programa era o Restaurante do Moacir e para ir lá, íamos todos juntos, em grupo, uma pessoa com uma lanterna na mão, pois não havia postes de luz. E aí sim dava medo pois as ruas eram cheias de guruçá – para quem não sabe, guruçá é tipo um siri, só que transparente e corre feito o diabo. Nos meus sonhos eles corriam atrás de mim e subiam pelas minhas pernas.

Há, já ia me esquecendo, no meu caso a minha família não tinha carro, então íamos todos à praia, uma vez por ano, de ônibus. Ele parava em Guarapari e de lá até Castelhanos mais um ônibus até Anchieta, e depois um táxi até nosso paraíso. Alguém reclamava de alguma coisa? Não, e tenho certeza de que foram as melhores férias de nossas vidas.

Hoje, ao sairmos de férias, a preocupação maior é que fiquemos em um hotel de nível superior. O café tem de ter ovos mexidos no mínimo, com frutas, sucos etc. O sol tem de ser tomado até as 10h senão... e, se der, a gente leva até meia fina para desfilar.

Ai que saudade da pureza, da despreocupação, da alegria, e da aceitação de tudo, em que o mais importante era o divertir, a areia no corpo, pegar um jacaré perfeito, ficar esperando uma onda perfeita para furá-la.

Wilmara, Ana, Ivana, Vanise, Ju, Claudinho, Júlio, Rogério, Valéria, Adriana, Lili, Alcione, Biba, Wilhinho, Viviane, Karla, Cleni, Juninho, Marquinho, Janaína, dentre outros, primos queridos que viveram comigo todas essas emoções.

 Saudades de um tempo que não volta mais.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dom Quixote

Fico pensando nos valores que me foram passados através dos anos e, cada vez mais fico espantada com tudo o que acontece ao nosso redor. As ocorrências nacionais já não geram nenhuma surpresa para ninguém, pior que isso, tudo o que estamos vendo está nos deixando acostumados e letárgicos.
Mas quando acontece ao nosso lado, para mim, é inacreditável. Não sei se é porque eu não sou assim e fui criada de uma maneira sem este apelo financista onde o que é meu é meu, onde eu sou responsável por tudo o que eu faço implicando nisso inúmeros deveres, que não consigo aceitar esses novos valores onde o que eu quero tem que ser independente de tudo. Donos de empresas, advogados, funcionários públicos (que podem acabar com você do jeito que bem entendem e você fica limitado à uma lei ridícula que os protege), pessoas mortais, todos, todos, querendo dar o tombo, passar alguém para trás. O que vale é eu me dar bem e o resto, bom o resto que se foda. E a maioria dos mortais que tem a "alma pura" se vê a frente com atitudes que nunca imaginava que uma pessoa igual a você pudesse fazer.
Estou vivendo este momento agora e me indgno profundamente. Queria poder fazer algo, gritar para todos ouvirem mas como??Eu almejo sim uma vida melhor, com mais dinheiro, mais tranquilidade, mas nunca pensaria em passar em cima de todos como um trator.
Será que é utópico pensar em atitudes assim? Será mesmo que este mundo meu não existe? Será que a justiça é só para os espertos? Vou ter que me curvar a tudo isso?
Pensando bem, prefiro ser como Dom Quixote e acreditar que os meus valores ainda valem, e muito, pois para mim são um dogma de viver. Prefiro mil vezes me indignar profundamente a ter que me curvar a mundo assim.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

COMEÇO

Resolvi criar este blog com a intenção de todo dia colocar impressões diárias sobre tudo o que acontece comigo. Primeiramente tenho que dizer que hoje me sinto um pouco deslocada com tudo ao meu redor. Entra ano, sai ano e a minha dúvida continua: seguir neste ramo incerto de salgados ou me aventurar. Seguir meu sonho, estudar e ter uma profissão ou continuar. Sei que muitos acham que eu já fiz e faço muita coisa mas não considero assim, falta alguma coisa; apesar desta minha profissão de agora me bancar ... e os meus sonhos?
O pior é que esta é uma situação em que me encontro por culpa minha, só minha. Eu sou a única responsável por esta situação. EU TENHO QUE ME DECIDIR E ME LANÇAR. Mas tenho medo, principalmente por me considerar velha. Sei que estou errada mas uma coisa é na cabeça você achar uma coisa e outra bem diferente é a dura realidade.